“Ó erva silvestre, espontânea e singular, que fortalece o âmago do ser com saúde e inteireza…”
“A Natureza proporciona-nos uma infinidade de plantas com propriedades medicinais cujos segredos e virtudes são uma fonte inesgotável. Se soubermos aproveitar bem esta riqueza natural, como alternativa ou complemento à medicina convencional, seremos mais saudáveis.
Hoje, não é apenas o conhecimento empírico popular que passou de geração em geração, porque tem havido muitas experiências científicas a comprovar a importância das plantas para a nossa saúde e bem-estar”.
Dr. António J. Leal Chaves
Nos meus passeios diários pelo campo, comecei a reparar nesta erva daninha… que tanto aparecia nas bermas da estrada… nas fendas dos muros de pedra… ou então, crescia em campos de cultivo, onde rastejava à volta do milho, ou trepava pela planta da batata…
Chama-se Fumaria officinalis, nome genérico do latim fumus, “fumaça”; officinalis refere-se ao seu uso medicinal. Faz parte da família das Papaveráceas ou Fumariáceas.
É uma erva amarga, bastante resistente, e cresce nos mais variados tipos de solo, em terras ricas em nitrogênio. Os seus caules são tenros, estendendo-se horizontalmente, e comportando-se como trepadeira na primeira ocasião. Nas extremidades dos ramos situam-se cachos de flores, pouco densos, formando uns pequenos tubos rosáceos ou violáceos com a ponta mais escura.
É uma espécie térofita, ou seja, passa uma parte do ano sob a forma de semente, debaixo da terra. Era já conhecida na Antiguidade pelas suas propriedades medicinais; Dióscórides, no séc.I, e Galeno, no séc. II, mencionam a sua utilização para tratar problemas hepáticos. Mais tarde, no séc.X, os médicos árabes também elogiavam as suas propriedades e no séc.XVI Mattioli, conhecido médico e botânico italiano, grande tradutor da obra de Dióscórides, também a mencionou como remédio específico para tratar “problemas das vísceras abdominais”.
Quando comecei a fazer experiências com esta erva silvestre… percebi que, as pessoas locais não gostavam da Fumaria. Segundo elas, “matava os coelhos”. E tinham razão.
No entanto, hoje, é reconhecida como uma planta muito boa para combater certos males que nos possam atormentar. Tem propriedades diuréticas e depurativas e anti-inflamatórias. Descongestiona o fígado, atua contra espasmos musculares, é anti asmática e anti-histamínica - a fumarina que é um alcaloide anti-histamínico.
As flores e folhas da Fumaria têm propriedades emolientes, ou seja, que protegem e amaciam a pele. Os seus princípios amargos e mucilagens atuam nos eczemas, psoríase, e erupções da pele. Experimente o Creme de Corpo Alfa-Flor!
“Ó erva silvestre, espontânea e singular, que fortalece o âmago do ser com saúde e inteireza…”
Obrigada pelo teu interesse…
Inês Condé Blanco
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The wild herb… a medicinal plant
"Nature provides us with an infinite number of plants with medicinal properties whose secrets and virtues are an inexhaustible source. If we know how to make good use of this natural wealth, as an alternative or complement to conventional medicine, we will be healthier.
Today, it's not just popular, empirical knowledge that has been passed down from generation to generation, because there have been many scientific experiments proving the importance of plants for our health and well-being".
Dr. António J. Leal Chaves
On my daily walks through the countryside, I started to notice this weed... which appeared so much on the roadsides... in the cracks in the stone walls... or else, it grew in cultivated fields, where it crept around the corn, or climbed up the potato plant...
It is called Fumaria officinalis, a generic name from the Latin fumus, "smoke"; officinalis refers to its medicinal use. It belongs to the Papaveraceae or Fumariaceae family.
It is a bitter herb, quite resistant, and grows in the most varied types of soil, in nitrogen rich soils. Its stems are tender, extending horizontally and behaving as a climber at first. At the ends of the branches there are clusters of flowers, not very dense, forming small pinkish or violet tubes with a darker tip.
It is a tephrite species, meaning that it spends part of the year in seed form underground. It was already known in Antiquity for its medicinal properties; Diocortides in the 1st century and Galen in the 2nd century mentioned its use for treating liver problems. Later, in the 10th century, Arabian doctors also praised its properties and in the 16th century Mattioli, a well-known Italian physician and botanist, who was a great translator of Diocortides' work, also mentioned it as a specific remedy to treat "problems of the abdominal viscera".
When I started experimenting with this wild herb... I realised that the local people didn't like Fumaria. According to them, it "killed the rabbits". And they were right.
However, today it is recognised as a very good plant for combating certain ailments that may afflict us. It has diuretic, depurative and anti-inflammatory properties. It decongests the liver, acts against muscle spasms, is anti-asthmatic and antihistamine - the fumarin which is an antihistamine alkaloid.
Fumaria flowers and leaves have emollient properties, which protect and soften the skin. Its bitter principles and mucilages act on eczema, psoriasis and skin eruptions. Try Alfa-Flor Body Cream!
"O wild herb, spontaneous and singular, that strengthens the core of being with health and wholeness..."
Thank you for your interest...
Inês Condé Blanco
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